Guincho na Av. Brigadeiro Faria Lima

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GUINCHO AVENIDA BRIGADEIRO FARIA LIMA 

  

 

 

Av. Brg. Faria Lima

São Paulo - SP

 

 

Avenida Brigadeiro Faria Lima

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Avenida Brigadeiro Faria Lima

Avenida Brigadeiro Faria Lima com o distrito de Pinheiros ao fundo.

Nomes anteriores Rua Iguatemi
Inauguração 1970
Extensão 4600
Início Av. Pedroso de Morais
Cruzamentos Cardeal Arcoverde
Teodoro Sampaio
Eusébio Matoso
Rebouças
Cidade Jardim
Juscelino Kubitschek
Subprefeitura(s) Pinheiros
Distrito(s) Pinheiros e Itaim Bibi
Bairro(s) PinheirosJardim EuropaJardim Paulistano e Itaim Bibi
Fim Av. Hélio Pellegrino

Guincho Avenida Faria Lima , A avenida Brigadeiro Faria Lima é uma das mais importantes artérias da cidade de São Paulo. É também um importante centro comercial e financeiro, que rivaliza com o Centro, a avenida Paulista e a região das avenidas Luís Carlos Berrini e Nações Unidas.

Índice

História

A avenida, na altura do cruzamento com a Avenida Eusébio Matoso.

Obras na via em 1995.

A lei determinando a abertura da via foi promulgada em janeiro de 1968, prevendo uma ligação de cinco quilômetros entre os bairros de Pinheiros e Brooklin, mesmo sem a Prefeitura saber a quantidade de edifícios que deveriam ser desapropriados.[1] Segundo a lei, a avenida começaria na Praça Roquete Pinto e seguiria até a atual Avenida dos Bandeirantes, seguindo pelas ruas Pedroso de Moraes, Coropés, Miguel Isasa e Martim Garcia, alcançando, a partir daí, a Rua Iguatemi após cruzar interiores de quarteirões.[1] A lei também previa cruzamentos em desníveis com as avenidas Eusébio Matoso, Rebouças e Cidade Jardim, com o Córrego do Sapateiro e com a Rua Doutor Eduardo de Souza Aranha.[1]

A avenida teve sua construção iniciada na segunda metade dos anos 1960, com o alargamento do trecho da rua Iguatemi compreendido entre o Largo da Batata, em Pinheiros, e o cruzamento com a Avenida Cidade Jardim, no Itaim Bibi (atual praça Luís Carlos Paraná), cruzando todo o bairro denominado Jardim Paulistano. As obras foram iniciadas na gestão do prefeito José Vicente Faria Lima e obrigaram a demolição de cem prédios.[2] Com a morte deste, em 1969, a nova artéria, que se chamaria Radial Oeste, recebeu o seu nome,[3] oficializado quando da inauguração do trecho duplicado da avenida, em 28 de abril de 1970 — a primeira pista já havia sido entregue ao tráfego no fim de 1969.[2]

José Eduardo, filho de Faria Lima, participou da cerimônia, descerrando uma placa de bronze.[4] Em seu discurso, o prefeito Paulo Maluf elogiou o homenageado: "Faria Lima não nasceu em São Paulo, mas deu sua vida em holocausto a esta capital. Esta homenagem, que ora prestamos ao saudoso administrador, era o mínimo que a Prefeitura Municipal poderia fazer pela sua memória. Ela deverá lembrar, às gerações futuras, a figura marcante que foi o Brigadeiro."[2]

Com o atraso da entrega e o aumento dos custos, as informações constantes de uma placa conjunta do Governo Abreu Sodré e da Prefeitura foram alteradas com tinta branca.[4] Maluf brincou com o atraso em seu discurso, dizendo que poderia ter sido escrito um livro sobre a obra, com o título "Odisseia da Construção de uma Avenida".[4] Poucos minutos após a nova via ser aberta, operários começaram a quebrar o asfalto na esquina com a Avenida Cidade Jardim, em busca das tampas de ferro das galerias subterrâneas, cobertas durante o asfaltamento, promovido às pressas.[4]

Além disso, em frente ao Shopping Center Iguatemi haviam sido fechados buracos cujas obras não estavam prontas, que teriam de ser abertos novamente.[4] "Em poucos dias, irão reabri-los, mas, então, a inauguração já terá passado", contou um morador da região ouvido por O Estado de S. Paulo.[4] O jornal, entretanto, destacou os aspectos positivos da avenida, considerada "muito boa", como a marcação das faixas em relevo, faixas de pedestres (embora nenhuma delas com semáforo) e iluminação feita por postes altos, com luz de mercúrio.[4] Os dois únicos semáforos da avenida inteira ficavam no início (à época, a Avenida Cidade Jardim) e no fim (à época, a Avenida Rebouças).[4]

Na inauguração, Maluf já falou sobre os planos de prolongamento: de um lado, até as proximidades do CEASA, correndo em paralelo à Avenida Pedroso de Morais; de outro, em diagonal rumo ao Córrego da Traição (atual Avenida dos Bandeirantes), que era previsto no projeto original.[4] Esse último prolongamento, entretanto, já estava descartado, porque o prefeito pretendia entregar em breve a pista da marginal esquerda do Rio Pinheiros.[4]

O projeto ainda previa um "canteiro-balão" entre a Rua Tucumã e a Avenida Cidade Jardim, em formato de "v", para a construção de um "parque-estacionamento" com capacidade para sessenta veículos e largura máxima de sete metros.[2] A largura da avenida variava de quarenta metros, na altura da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, a sessenta metros, no cruzamento com a Avenida Cidade Jardim.[2]

Já no início da década de 1970, teve início a construção de inúmeros edifícios comerciais que romperam com a antiga paisagem residencial arborizada do Jardim Paulistano, e que caracterizariam a avenida como uma espécie de "segunda Avenida Paulista", dada a semelhança entre seus skylines. Desde essa época, já existia a expectativa de ampliação da avenida no sentido sul: em 1972, essa ampliação avançou os primeiros quarteirões após a Avenida Cidade Jardim, entre as ruas Amauri e Jorge Coelho, mas a obra parou ali e, dois anos depois, os moradores da região já se preocupavam com uma eventual desapropriação que parecia nunca sair do papel.[5] Em 1974, o prolongamento era tratado como prioridade da Prefeitura, para ligar a avenida (e, consequentemente, os bairros da zona oeste) à Avenida Santo Amaro, por meio da Avenida Juscelino Kubitschek, cujas obras de construção estavam sendo finalizadas juntamente com a canalização do Córrego do Sapateiro, que passa por baixo dela.[6]

Entretanto, esse prolongamento levaria mais de vinte anos para ser concluído. Na década de 1990, Maluf, novamente ocupando o cargo de prefeito, promoveu a extensão da avenida em suas duas extremidades: entre o Largo da Batata e a Avenida Pedroso de Moraes (alargando a antiga rua Miguel Isasa), e entre as avenidas Cidade Jardim e Hélio Pellegrino (já na Vila Olímpia), alargando pequenas ruas residenciais do Itaim Bibi. O traçado originalmente projetado passaria pela Rua Elvira Ferraz, causando a demolição de vários imóveis, porém a pressão da associação de moradores do bairro fez com que a Prefeitura optasse por um novo traçado.[7] Depois, esse traçado seria alterado para o que acabou efetivamente sendo construído.

A inauguração do novo trecho de Pinheiros, com 1,38 quilômetro, até a Avenida Pedroso de Moraes, deu-se em 23 de outubro de 1995, embora ele tenha sido mantido no início com os nomes de Rua Corupés e Rua Miguel Isasa, por depender ainda de uma mudança nos cadastros dos imóveis que não foram demolidos e ainda ocupavam o que agora era a Avenida Brigadeiro Faria Lima.[8] A construção desse trecho custou cerca de quatro milhões de reais e foram desapropriados 107 imóveis para a obra, causando protesto entre os donos desses imóveis.[8] O trecho do Itaim estava, então, previsto para ser entregue entre março e maio de 1996, embora a Prefeitura tivesse a intenção de antecipá-lo para janeiro.[8]

Atrações

Na Avenida Faria Lima, estão localizadas importantes atrações paulistanas, tais como:

Nos arredores da avenida, encontram-se também outros importantes pontos de visitação da cidade, tais como o Shopping Eldorado, localizado próximo à Estação Hebraica-Rebouças da CPTM (Linha 9-Esmeralda), e os luxuosos restaurantes e hotéis da região próxima aos cruzamentos com as avenidas Cidade Jardim e Juscelino Kubitschek.